** Números atualizados na live realizada 06-03-2020 no site do Ministério da Saúde.
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
Por que o nome é coronavírus?
Porque essa família de vírus tem a característica de se parecer com uma coroa.
– 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos.
– Em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Os coronavírus estão por toda parte. Eles são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.
– Sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo coronavírus (que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por causar a doença COVID-19.
A OMS tem trabalhado com autoridades chinesas e especialistas globais desde o dia em que foi informada, para aprender mais sobre o vírus, como ele afeta as pessoas que estão doentes, como podem ser tratadas e o que os países podem fazer para responder.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem prestado apoio técnico aos países das Américas e recomendado manter o sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus.
O vírus que causa o COVID-19 pode ser transmitido pelo ar?
Estudos até o momento sugerem que o vírus que causa o COVID-19 é transmitido principalmente pelo contato com gotículas respiratórias – e não pelo ar.
Atualmente, estão sendo investigadas possíveis vacinas e alguns tratamentos medicamentosos específicos, com testes através de ensaios clínicos.
As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra o COVID-19 são limpar frequentemente as mãos, cobrir a tosse com a parte interior do cotovelo ou lenço e manter uma distância de pelo menos 1 metro (3 pés) das pessoas que estão tossindo ou espirrando.
• Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, para matar vírus que podem estar nas suas mãos.
• Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá inspirar as gotículas – inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir tiver a doença.
• Evite tocar nos olhos, nariz e boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no corpo da pessoa e deixá-la doente.
• Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço usado imediatamente). Gotículas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus responsáveis por resfriado, gripe e COVID-19.
• Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico. Siga as instruções da sua autoridade sanitária nacional ou local, porque elas sempre terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área.
• Pessoas doentes devem adiar ou evitar viajar para as áreas afetadas por coronavírus. Áreas afetadas são países, áreas, províncias ou cidades onde há transmissão contínua — não áreas com apenas casos importados.
• Os viajantes que retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países receptores; e se ocorrerem sintomas, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o histórico de viagem e os sintomas.
O uso de máscaras não é necessário para pessoas que não apresentem sintomas respiratórios. No entanto, máscaras podem ser usadas em alguns países de acordo com os hábitos culturais locais.
As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. Devem também lembrar que o uso de máscaras deve ser sempre combinado com as outras medidas de proteção:
Qual o período de incubação do COVID-19?
O período de incubação é o tempo entre ser infectado pelo vírus e o início dos sintomas da doença. As estimativas atuais do período de incubação variam de 1 a 14 dias, mais frequentemente ao redor de cinco dias. Essas estimativas estão sendo atualizados à medida que mais dados se tornam disponíveis.
Notificação da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19)
5 de março de 2020
-Na Região do Pacífico Ocidental: República da Coreia* (5.766 casos confirmados e 35 mortes), Japão* (317 casos e seis mortes), Singapura* (110 casos), Austrália* (66 casos e três mortes), Malásia* (50 casos), Vietnã* (16 casos), Filipinas** (3 casos e uma morte), Nova Zelândia** (2 casos) e Camboja** (1 caso).
-Na Região da Europa: Itália* (3.089 casos e 107 mortes), França* (282 casos e quatro mortes), Alemanha* (262 casos), Espanha* (198 casos e uma morte), Reino Unido* (89 casos), Suíça* (56 casos), Noruega* (56 casos), Holanda* (38 casos), Áustria** (37 casos), Suécia* (35 casos), Islândia** (26 casos), Bélgica* (23 casos), San Marino* (16 casos), Israel* (15 casos), Dinamarca* (10 casos), Croácia* (9 casos), Grécia* (9 casos), Finlândia* (7 casos), Portugal** (7 casos), Belarus* (6 casos), Tchéquia** (5 casos), Romênia* (4 casos), Azerbaijão** (3 casos), Geórgia** (3 casos), Federação Russa** (3 casos), Bósnia e Herzegovina* (2 casos), Estônia** (2 casos), Hungria** (2 casos), Irlanda** (2 casos), Andorra** (1 caso), Armênia** (1 caso), Letônia** (1 caso), Lituânia** (1 caso), Luxemburgo** (1 caso), Mônaco*** (1 caso), Macedônia do Norte** (1 caso), Polônia** (1 caso), Eslovênia** (1 caso), Ucrânia** (1 caso) e Liechtenstein** (1 caso).
-Na Região do Sudeste Asiático: Tailândia* (47 casos e uma morte), Índia* (29 casos), Indonésia* (2 casos), Nepal** (1 caso) e Sri Lanka** (1 caso).
-Na Região do Mediterrâneo Oriental: Irã* (2.922 casos e 92 mortes), Kuwait** (58 casos), Bahrein** (49 casos), Iraque** (36 casos e duas mortes), Emirados Árabes Unidos* (27 casos), Omã** (15 casos), Líbano* (13 casos), Qatar** (8 casos), Paquistão** (5 casos), Egito** (2 casos), Marrocos** (2 casos), Arábia Saudita** (2 caso), Afeganistão** (1 caso), Jordânia** (1 caso) e Tunísia** (1 caso).
-Na Região das Américas: Estados Unidos* (129 casos e nove mortes), Canadá* (30 casos), Equador* (7 casos), México** (5 casos), Brasil**¹ (3 casos), Argentina (1 caso), Chile (1 caso) e República Dominicana** (1 caso).
-Na Região da África: Argélia* (12 casos), Senegal** (4 casos) e Nigéria** (1 caso).
-Além desses 14.062 casos nas seis regiões da OMS, foram confirmados 706 casos em um navio de cruzeiro atualmente ancorado em águas territoriais japonesas (o transporte internacional Diamond Princess) e seis mortes.
*país com transmissão local de COVID-19
**país apenas com caso(s) importado(s) de COVID-19
¹O Brasil confirmou 13 casos no dia 5 de fevereiro, inclusive com caso de transmissão local, após o horário de fechamento do boletim da OMS.
Mais informações: //www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/situation-reports/
Brasil
O Brasil confirmou treze casos importados de COVID-19. O país monitora 768 casos suspeitos. Outros 480 foram descartados. Atualmente, a lista de países monitorados pelo Ministério da Saúde conta com 33 países que apresentam transmissão local do coronavírus. Dessa forma, as pessoas que estiveram nesses países nos últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de coronavírus no país. A medida faz parte das ações de contenção realizadas pelo Ministério da Saúde contra a transmissão do coronavírus.
O COE é composto por técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública. Além do Ministério da Saúde, compõe o grupo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Evandro Chagas (IEC), além de outros órgãos.
A OPAS também organizou, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Participaram da capacitação especialistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.
Durante a atividade, os participantes fizeram um exercício prático de detecção molecular do COVID-19 e receberam materiais essenciais para diagnóstico (primers e controles positivos), além de revisarem e discutirem sobre as principais evidências e protocolos disponíveis.
Além disso, a OPAS já doou ao Brasil primers e controles positivos, que são materiais essenciais para diagnóstico do coronavírus, e – junto com as autoridades de saúde brasileiras – está disponibilizando reagentes para outros países da região das Américas.
Recomendações da OPAS/OMS
Para a população em geral: a OPAS/OMS recomenda reduzir a exposição e transmissão de uma variedade de doenças praticando a higiene respiratória e das mãos e seguindo práticas alimentares seguras .
Para trabalhadores de saúde: esteja atento a pessoas com histórico de viagens para a China que tenham febre e sintomas respiratórios. Se você é um profissional de saúde que cuida de um paciente com COVID-19, cuide-se e siga os procedimentos recomendados para prevenção e controle de infecção.
Para pessoas que podem ter infecção por COVID-19: siga as orientações da OMS sobre atendimento domiciliar e como reduzir o risco de espalhar a doença para outras pessoas .
Para comunicação de risco e engajamento comunitário: veja as orientações para os países implementarem estratégias eficazes de comunicação de risco e engajamento comunitário, que ajudarão a proteger a saúde pública durante a resposta a um novo coronavírus.
Para viajantes: mantenha-se atualizado com os avisos de saúde de viagens da OMS relacionados a esse surto.
Para profissionais de laboratório: mantenha-se atualizado sobre detecção e diagnóstico por laboratório e a respeito de biossegurança laboratorial para manuseio e transporte de amostras associadas ao novo coronavírus 2019 .
ANTES DE ACREDITAR EM TODAS AS NOTÍCIAS À RESPEITO DA DOENÇA , SE INFORME EM FONTES SEGURAS.
Neste link do Ministério da Saúde são comentadas as principais fake news:
https://www.saude.gov.br/fakenews/coronavirus
**Fonte OPAS/OMS, Ministério da Saúde.
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